Os doze irmãos

Era uma vez um rei e uma rainha que viviam felizes com seus doze filhos, onze meninos e uma menina. Os meninos eram tão unidos que todos usavam camisas idênticas e eram tratados com igual carinho pelos pais. A paz reinava até o dia em que a rainha deu à luz mais uma filha.

O rei, ansioso por ter uma herdeira, decidiu que se a nova criança fosse uma menina, ele mandaria matar os doze irmãos para que apenas ela herdasse o reino. A rainha, horrorizada, avisou seu filho mais velho, Benjamin, do plano cruel. Ela disse que colocaria uma bandeira branca na torre do castelo se o bebê fosse um menino, e uma bandeira vermelha se fosse uma menina, para que os irmãos soubessem o que fazer.

Quando o bebê nasceu, a rainha colocou uma bandeira vermelha na torre. Benjamin viu o sinal e avisou seus irmãos. Desesperados, os doze irmãos fugiram para uma floresta distante. Lá, encontraram uma casa encantada onde decidiram morar juntos. Fizeram um juramento: se alguma menina se aproximasse deles, ela seria morta, pois era a razão de seu exílio.

Os anos passaram, e a irmã mais nova, crescida e curiosa, soube que tinha doze irmãos. Determinada a encontrá-los, ela partiu em busca deles, usando um anel que sua mãe lhe dera para identificá-los. Vagando pela floresta, ela finalmente encontrou a casa dos irmãos e entrou.

Benjamin, o mais velho, a viu primeiro e percebeu imediatamente quem ela era pelo anel que ela usava. Os irmãos ficaram encantados ao ver sua irmã e não conseguiram cumprir o juramento de matá-la. Ao invés disso, eles a aceitaram com amor e a trataram como sua própria mãe.

Certo dia, a irmã encontrou doze lírios encantados no jardim. Sem saber que eles estavam ligados à vida de seus irmãos, ela os colheu, fazendo com que os irmãos se transformassem em corvos. O espírito da casa explicou a situação e disse que a única forma de quebrar o feitiço era a irmã não falar ou rir por sete anos completos.

Determinada a salvar seus irmãos, a irmã permaneceu em silêncio e dedicou-se a costurar doze camisas de urtiga para quebrar o feitiço. Durante esses anos, um rei de uma terra distante a encontrou, se apaixonou por sua beleza e a levou para seu castelo. Mesmo assim, ela manteve seu voto de silêncio.

O rei casou-se com ela, mas sua madrasta, desconfiada, a acusou de feitiçaria e traição. Ela foi condenada à morte, e no último dia dos sete anos, enquanto era levada para a execução, ela terminou a última camisa de urtiga e lançou-as aos corvos que se transformaram novamente em seus irmãos.

Os irmãos salvaram sua irmã, e ela finalmente pôde contar sua história. O rei ficou tão comovido que puniu severamente a madrasta maligna e viveu feliz para sempre com sua rainha e os doze irmãos.

Assim termina a história dos Doze Irmãos, um conto sobre coragem, amor fraternal e perseverança. É uma história perfeita para embalar o sono com sonhos de bravura e união. Boa noite e sonhe com aventuras mágicas!

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